No dia seguinte à explosão que destruiu um imóvel no Tatuapé e deixou uma pessoa morta e pelo menos dez feridos, a Defesa Civil decidiu ampliar a área de interdição no entorno do imóvel. Técnicos apontaram risco estrutural em novos prédios vizinhos, totalizando mais de 20 edificações bloqueadas para circulação de moradores e comerciantes.
A Polícia Civil também confirmou que trata o caso como armazenamento ilegal de fogos de artifício, com investigação aberta no 30º DP para apurar quem era o responsável pelo material guardado no imóvel.
A principal novidade desta sexta-feira é que peritos do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) identificaram resíduos compatíveis com artefatos pirotécnicos de grande potência, o que reforça a suspeita de que o local funcionava como depósito clandestino. A corporação informou que ainda não é possível determinar o volume exato de material estocado, mas que a quantidade encontrada nos escombros “é incompatível com uso doméstico”.
Além disso, moradores relataram à Prefeitura rachaduras, vidros quebrados e deslocamento de estruturas internas após a explosão. Equipes de engenharia seguem avaliando os danos para liberar ou não o retorno das famílias às residências.
Relembre o caso
A explosão ocorreu por volta das 19h50 de quinta-feira (13), em um imóvel localizado na Avenida Celso Garcia, próximo ao cruzamento com a Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. O impacto foi tão forte que atingiu imóveis e carros estacionados em um raio de dezenas de metros, além de ser ouvido em vários bairros da região.
O Corpo de Bombeiros encontrou um corpo carbonizado entre os escombros — a vítima ainda não foi formalmente identificada. Outras dez pessoas ficaram feridas, algumas atingidas por estilhaços e outras por queda de estruturas. Todas foram atendidas pelo Samu e encaminhadas a hospitais da região.
A Defesa Civil iniciou a interdição de casas e comércios logo após o incidente, medida agora ampliada com base em nova análise técnica. A Prefeitura afirma que só vai liberar os endereços quando houver garantia total de segurança.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas da explosão e quem era o responsável pelo armazenamento dos fogos. Peritos já recolheram fragmentos de artefatos e partes metálicas que devem ajudar a determinar se havia fabricação ou apenas estocagem irregular no local.