Quarenta e seis pessoas foram presas nos últimos 30 dias no estado de São Paulo, sob suspeita de envolvimento nos casos de intoxicação por metanol ou falsificação de bebidas alcoólicas. A informação foi dada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, nesta terça-feira (28), depois a primeira sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Metanol, na Câmara Municipal de São Paulo.
As prisões só foram possíveis depois da descoberta de uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, que está envolvida diratamente em pelo menos duas mortes. A polícia afirma que tenta descobrir outras conexões.
A CPI foi criada para investigar a comercialização de bebidas adulteradas no estado. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, e o secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando, foram os primeiros a participar do encontro, segundo confirmou a assessoria da presidente da comissão, vereadora Zoe Martinez (PL-SP).
Instaurada em 8 de outubro, a CPI tem duração prevista de 120 dias e conta com sete integrantes. Além da presidente da comissão, vereadora Zoe Martinez (PL-SP), integram o colegiado a vice-presidente Ely Teruel (MDB-SP), a relatora Sandra Santana (MDB-SP) e os vereadores Adrilles Jorge (União-SP), Celso Giannazi (PSOL-SP), Hélio Rodrigues (PT-SP) e Sargento Nantes (PP-SP).
De acordo com o requerimento aprovado, a comissão deve investigar bares, restaurantes, casas noturnas, adegas e outros estabelecimentos semelhantes, ouvindo inclusive vítimas que consumiram bebidas contaminadas por metanol. O objetivo é verificar se esses locais possuem notas fiscais que comprovem a origem regular dos produtos.