Terceiro alimento mais consumido pelos brasileiros, segundo o IBGE, o arroz é também o principal produto da Cadeia Produtiva Local (CPL) Grãos do Vale do Paraíba. O grupo recebeu investimento do programa SP Produz, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para adquirir um equipamento que ampliou a capacidade de estocagem do grão, permitindo dobrar o volume armazenado.
A Cooperativa dos Produtores de Arroz do Vale do Paraíba (Coopavalpa) é a entidade responsável pela gestão da cadeia produtiva. A região responde por 70% do arroz em casca produzido no estado de São Paulo, e a cooperativa é responsável por 41% dessa produção, com comercialização anual de cerca de 158 mil sacas de 60 quilos.
O recurso recebido pelo edital do SP Produz no ano passado possibilitou a compra de um silo com capacidade superior a 400 toneladas. O equipamento é destinado ao armazenamento e conservação de produtos agrícolas e ampliou significativamente a estrutura logística dos produtores.
Segundo a assistente comercial da Coopavalpa, Nathaly Augusta Pereira da Silva, a aquisição trouxe ganhos imediatos. “O programa nos permitiu dobrar a nossa capacidade de armazenamento com a compra do silo. Antes, nossa quantidade de estoque era baixa e isso nos impedia de ter lotes de venda maiores”, explicou. A produção de arroz em casca é encaminhada a empresas beneficiadoras, responsáveis por descascar e empacotar o produto.
O presidente da cooperativa, Eduardo Cavalca Filho, ressaltou que a CPL tem atuado para fortalecer os produtores locais. “O nosso objetivo é agregar valor às atividades de nossos produtores. Oferecemos orientação técnica em campo e intermediação da venda dos cereais devido ao conhecimento, estrutura e parceiros”, afirmou.
Reconhecida como madura, a CPL Grãos do Vale do Paraíba reúne 54 produtores e atua em nove municípios da região: Guaratinguetá, Lorena, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Roseira, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé.
Para diversificar a produção e melhorar a qualidade do solo, os agricultores também cultivam milho, soja e trigo durante as entressafras do arroz, aproveitando de forma mais eficiente as áreas disponíveis.