A Controladoria Geral do Estado de São Paulo (CGE SP) concluiu a implementação de novos sistemas de informação e uma plataforma de análise de dados, ampliando a capacidade de fiscalização do órgão de controle interno.
Entre as ferramentas entregues estão o Sistema de Alertas de Licitações (Lince) e o Sistema de Inteligência de Análise de Dados (Strix). Segundo a CGE SP, os sistemas permitem identificar irregularidades com maior precisão e promovem maior transparência nas ações do Estado.
Os desenvolvimentos foram realizados pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), da Subsecretaria de Gestão Corporativa (SGC) da CGE SP, em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).
A iniciativa integra o Plano Anticorrupção do Estado de São Paulo, também conhecido como Radar Anticorrupção, que prevê 128 ações a serem implementadas até 2026. Até o momento, 90 medidas já foram concluídas. O plano tem como objetivo aprimorar a gestão pública e dificultar desvios de conduta, alinhado ao compromisso do governo estadual de reforçar a integridade das instituições.
O Lince, que já opera em ambiente de produção, foi otimizado para emitir alertas mais precisos sobre possíveis inconformidades em editais e processos de contratação. A ferramenta permite que equipes de controle atuem de forma preventiva, corrigindo falhas e evitando prejuízos ao erário.
O Strix, por sua vez, recebeu melhorias em sua capacidade de análise de dados, integrando 32 fontes de informação, que incluem cadastros de empresas inidôneas, dados de programas sociais e vínculos de servidores. A plataforma permite cruzar informações, identificar padrões atípicos, detectar fraudes complexas e subsidiar auditorias com evidências robustas.
A consolidação dessas ferramentas é reforçada por uma plataforma integrada de análise e processamento de grandes volumes de dados, contratada via Prodesp. No dia 16 de dezembro, técnicos da CGE SP receberão treinamento para utilização da plataforma, com o objetivo de extrair o máximo potencial das análises e fortalecer a atuação preventiva do órgão.
O controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle, afirmou que a modernização representa um marco na atuação do órgão. “Essas ferramentas nos permitem sair de uma postura reativa para uma atuação preditiva e estratégica, antecipando erros e garantindo que os recursos públicos sejam aplicados com eficiência e transparência”, disse.