Neste ano, o município de Fernandópolis saltou de 784 matrículas para 2.522, registrando 1.738 crianças em atendimento integral com professores presentes nas salas de aulas.
O Plano Nacional de Educação (PNE) que vigorou no Brasil entre 2014 e 2024 tinha como meta oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas.
Para o novo PNE (decênio 2024-2034), a proposta é estabelecer a meta de 40% das matrículas na educação básica em tempo integral até o final do próximo decênio.
Com a previsão de 11 novas escolas de aulas para 2026, o município baterá a nova (40%) e a antiga meta de 50% com facilidade, de acordo com informações da Prefeitura.
Professores
Pelo novo sistema implantado, as crianças serão atendidas por professores de manhã e à tarde, diferentemente do método anteriormente adotado, onde os alunos passavam meio período com professores e a outra parte do dia com recreadores.
Isso não aumentará a carga horária de trabalho dos professores, que por direitos adquiridos, têm jornada integral.
Com essa verdadeira “reengenharia pedagógica”, os pais terão os filhos na escola com orientação nos dois períodos, sem que o município precise contratar mais gente – “apenas com os seus professores, que são profissionais fantásticos”, diz Valdete Magalhães, Secretária Municipal de Educação de Fernandópolis.
Segundo Valdete, “as 11 escolas de ensino infantil em tempo integral que teremos em 2026 oferecerão, além da orientação pedagógica, aulas de inglês, artes, educação física e oficinas para seu completo desenvolvimento”.
De acordo com a Supervisora de Ensino Jane Carli Ferreira, “os últimos resultados apresentados são mais expressivos do que em todo o tempo de vigência do antigo PNE”.
Boas práticas
Esses resultados fizeram com que a pasta da Educação de Fernandópolis fosse escolhida pela Unidade Regional de Ensino (URE) para representar a região noroeste paulista no programa “Alfabetiza Juntos”, expondo esse trabalho no eixo “Boas Práticas em Gestão”.
Na visão da supervisora Jane, essa otimização do ensino municipal se deveu principalmente a “muito trabalho, estudo, diagnóstico correto e remanejamentos que permitiram extrair de cada profissional todo o seu potencial”.
Ao lado das cinco escolas que já haviam adotado o ensino em tempo integral, outras 11 unidades escolares terão a implantação do sistema: os Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI) Américo Borin, João Pereira Zequinha, José Zantedeschi, Leontina Conceição Siqueira Sardinha, Professora Clívia Pereira Machado Rosário, Sebastião Aparecido Stroppa, Wilson Alves Ferraz, Professora Áurea Lucy Ravelli Baioni, Professora Irma de Castro, e as Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Zantedeschi e a EMEF Agrícola Melvin Jones.