Mais de 120 pessoas acompanharam na quinta-feira (6) o lançamento da Campanha Natal Sem Fome 2025. Com o tema “Doe de coração”, a ação chega à sua 31ª edição com a meta de arrecadar mais de 50 toneladas de alimentos e atender mais de 10 mil famílias em situação de vulnerabilidade social. A campanha é organizada em parceria com o BAS (Banco de Alimentos de Sorocaba) e segue até o dia 10 de dezembro.
A assistente social Meire Elen, coordenadora de projetos do BAS, lembrou que o Banco de Alimentos nasceu a partir da campanha Natal Sem Fome, em 1994, e que o combate à fome é uma tarefa que precisa ser contínua.
Segundo ela, o BAS atende atualmente cerca de 6.200 pessoas cadastradas, entre famílias em situação de vulnerabilidade social e instituições que promovem trabalho socioassistencial. “Nosso trabalho garante que o alimento chegue até as comunidades vulneráveis, e que o direito à alimentação seja respeitado todos os dias”, acrescentou.
O presidente do SMetal, Leandro Soares, ressaltou que, apesar do Brasil ter saído do Mapa da Fome da ONU em 2025, a realidade local ainda exige mobilização e solidariedade.
Ele lembrou que, em Sorocaba, cerca de 176 mil pessoas vivem com menos de meio salário mínimo por mês, e mais de 70 mil enfrentam algum grau de insegurança alimentar.
As doações para a campanha podem ser feitas até o dia 10 de dezembro e incluem alimentos não perecíveis, hortifrutis, brinquedos e livros. Também é possível contribuir com doações via PIX, pela chave bancodealimentos.sorocaba@gmail.com.
As doações podem ser entregues na sede do SMetal ou no Banco de Alimentos de Sorocaba.
Padre Júlio Lancellotti
O evento contou com a presença do Padre Júlio Lancellotti, que esteve em Sorocaba também para receber o título de Cidadão Sorocabano, concedido pela Câmara Municipal.
“Com essa ação, vocês lutam contra a desigualdade e pela democratização verdadeiramente representativa. A fome é um sintoma muito grave que mata. Mas nós não vamos perguntar para ninguém que está com fome ‘qual é sua ideologia?’. Vamos olhar para o que ele sente, para o que ele é. Se ele é empobrecido, vítima da desigualdade e tem necessidade, ele tem que ser alimentado. O pão tem que chegar para todos, até para aqueles que pensam diferente de nós”, afirmou Padre Júlio, durante a cerimônia.